segunda-feira, 17 de maio de 2010

aldo naouri























hoje ouvi um bocado de uma entrevista com um pediatra francês, Aldo Naouri.
do que ouvi fiquei com uma ideia bastante diferente da que tiro daqui, onde encontro muito mais fundamentalismo.

gostei de algumas ideias:
- a recuperação do pai que esteve demitido/demissionário, e que vale por si e também por representar tudo o que separa o bebé da mãe;
- que os problemas das crianças "começam" na cama dos pais (no sexo do pais, entenda-se), no sentido de um homem saber conservar a mulher enquanto mulher, do casal se preservar enquanto casal, sabendo, portanto, frustar a criança.
- que a frustração não é o mesmo que a privação.
- que para crescer as crianças precisam de aprender a regular as suas pulsões e que para a força da pulsão da criança terá de haver uma força de contenção equivalente
(ex: menina que ameaçava atirar irmão pela janela, mãe dava-lhe muitas explicações, a criança só se acalmou quando o pai lhe disse: se fizeres isso ao teu irmão eu faço-te o mesmo a ti)
- que o castigo físico nunca é válido, porque diminui a criança e é falência da comunicação
- que prefere falar de uma forma um pouco extremada porque, ainda que corra o risco de alguns o tomarem à letra, a maioria vai sempre regular as suas indicações com a afectividade.
não gostei da desvalorização que faz do brazelton porque, mais uma vez, não gosto de fundamentalismos, e porque soa a inveja.

Todos os pais têm direito a ouvir ou ler tudo, até o contraditório, e fazer a sua própria síntese. Aquilo que faz sentido pode vir de vários lados e de várias vozes.

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